CARRINHO DE RATOEIRA
Estudantes fazem carrinhos movidos a ratoeira em aula prática na UFSCar
Projeto do curso de engenharia mecânica quer estimular alunos do 1º ano.
Após três semanas, eles testaram os veículos diferentes nesta quinta-feira.
Alunos do primeiro ano do curso de engenharia mecânica da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) usaram o conhecimento teórico para construir carrinhos movidos a ratoeira. O projeto, que visa estimular o conhecimento prático e deixar as aulas mais descontraídas, ainda teve uma competição nesta quinta-feira (18).
A brincadeira virou aprendizado e os alunos criaram os carrinhos diferentes. Uma ratoeira funciona como motor, que dá impulso ao veículo. As três rodas são feitas com CDs e pedacinhos de bexiga se transformam em pneus. Após três semanas de preparo, eles testaram os carros em uma competição.
O projeto é uma tentativa de deixar as aulas de engenharia menos chatas e mais divertidas. “Fazer com que a gente evite a evasão do aluno no curso de engenharia mecânica, que ele ganhe esse estimule e se apaixone pelo curso, de maneira que ele conclua a graduação”, afirmou o professor de engenharia mecânica Márcio Ávila.
Maria Carolina Barcellos é uma das três alunas dos 45 estudantes do curso. Na nova vida universitária, ela trocou a boneca pelo carrinho. “Eu prefiro brincar com o carrinho. A construção não é muito difícil. A parte complicada é da modelagem matemática, que você tem que fazer teste computacional usando alguns softwares”, explicou.
A experiência traz muitos resultados. “Geralmente a gente fica a semana inteira tendo aula teórica, física, cálculo. Com essa matéria, que é iniciação de engenharia mecânica, a gente consegue aplicar nosso conhecimento de física, energia cinética, potencial”, afirmou o estudante Danilo Ribeiro Leite.
Além disso, os alunos aprendem vários conceitos. “A gente usa uma mola como fonte de energia, ela armazena energia potencial. A gente transforma a energia dela em energia cinética por meio de sistemas de alavancas, polias”, disse o professor de engenharia mecânica Flávio Watanabe.
Para muitos alunos, a aula foi apenas a largada para projetos mais ambiciosos.”Você conseguir um dia lá na frente desenvolver algo que seja aplicável na sociedade. O carrinho é só o começo”, destacou o estudante Matheus Carlino.
O carrinho vencedor andou 23 metros e 81 centímetros, um metro e 61 centímetros a mais do que o segundo colocado.
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