ESPERMATOZÓIDES COM DEFEITO FÍSICOS GRAVE NÃO CONSEGUE FECUNDAR UM ÓVULO
Milhares de espermatozóides liberados na ejaculação
têm defeitos físicos graves e jamais conseguiriam fecundar um óvulo
“Você foi o espermatozóide mais esperto
dentre milhões que tentaram chegar ao óvulo. Você é um vencedor!”, essa brincadeira que todos fazem
representa que estamos aqui não só por “sermos” o espermatozóide mais esperto,
mas também um dos mais saudáveis. Isso porque, poucas pessoas sabem, mas em uma
ejaculação milhares de espermatozóides tem defeitos físicos e por isso não
conseguem chegar ao óvulo e alguns, se quer saem do lugar.
Os espermatozóides possuem
um núcleo compactado, e as organelas mais desenvolvidas são aquelas
relacionadas com a locomoção. Possuem uma cauda que tem um flagelo destinado a
propulsionar o espermatozóide e a energia propulsora é obtida pelas
mitocôndrias localizadas na peça intermediária. Na cabeça do espermatozóide
distinguem-se duas porções importantes: o núcleo (que carrega o material
genético) e o acrossomo (carrega enzimas que auxiliam na penetração do óvulo).
Na cauda são distinguidas quatro regiões: o pescoço (ou colo), a peça
intermediária, a peça principal e a peça terminal. Mas nem todo espermatozóide
é bonitinho como deve ser. Muitos deles têm defeitos na morfologia que podem até
comprometer a fertilidade masculina.
Mais de 90% dos casos de
infertilidade masculina se devem à baixa quantidade ou qualidade de espermatozóide
(ou a ambos). Em 30% a 40% dos casos de anormalidades do espermatozóide, a
causa é desconhecida. O tamanho e a forma do espermatozóide são fatores
importantes quando se diz respeito a capacidade que um homem tem de engravidar
uma mulher. Espermatozóides podem ser cabeçudos, ter cabeça dupla, acromossomo
pequeno demais ou grande demais, cauda dupla, cauda curta etc. Espermatozóides
com formato anormal não conseguem fecundar um óvulo. Cerca de 60% deles deve
ter tamanho e formato normais para a fertilidade ser considerada adequada. O
canal genital feminino é um lugar inóspito para eles. Sua superfície é forrada
por colônias de lactobacilos que secretam ácido para defendê-la dos germes que
penetram. Os poucos espermatozóides que conseguem sobreviver nesse
ambiente ácido ainda precisarão vencer muitas barreiras para chegar ao óvulo.
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