PESQUISA REVELA HÁBITOS DA FÊMEA DO MOSQUITO DA DENGUE
Pesquisa revela hábitos da fêmea do mosquito da dengue
Fêmeas do mosquito Aedes aegypti têm maior atividade locomotora quando estão infectadas pelo vírus da dengue. Esse foi o resultado de um estudo realizado pelo Instituto Oswaldo Cruz, no Rio. Em comparação com fêmeas não infectadas, elas apresentaram aumento que varia de 10% a 50% na atividade. Segundo os pesquisadores, a mudança de comportamento pode estar relacionada ao relógio circadiano, como é chamado o mecanismo interno que controla os ritmos biológicos com período de aproximadamente 24 horas. O resultado da pesquisa pode ajudar a conhecer melhor os hábitos do Aedes e, assim, ajudar nas estratégias de combate ao mosquito transmissor da doença.
Fêmeas do mosquito Aedes aegypti têm maior atividade locomotora quando estão infectadas pelo vírus da dengue. Esse foi o resultado de um estudo realizado pelo Instituto Oswaldo Cruz, no Rio. Em comparação com fêmeas não infectadas, elas apresentaram aumento que varia de 10% a 50% na atividade. Segundo os pesquisadores, a mudança de comportamento pode estar relacionada ao relógio circadiano, como é chamado o mecanismo interno que controla os ritmos biológicos com período de aproximadamente 24 horas. O resultado da pesquisa pode ajudar a conhecer melhor os hábitos do Aedes e, assim, ajudar nas estratégias de combate ao mosquito transmissor da doença.
Iniciado em 2008, o estudo monitorou a atividade locomotora de mosquitos
infectados e não infectados pelo sorotipo 2 do vírus da dengue.
“O aumento da atividade locomotora das fêmeas infectadas pode afetar
alguns aspectos de sua biologia, como a maior procura por hospedeiro e, por
isso, acreditamos que essa característica possa ter desdobramentos na dinâmica
de transmissão da doença”, esclarece a pesquisadora Rafaela Bruno,uma das
autoras do projeto. “O Aedes aegypti é um mosquito diurno, porém verificamos
que, no grupo de fêmeas infectadas, o aumento da atividade também ocorreu
durante a noite. Como é oportunista, ele pode utilizar essa atividade extra no
período noturno, horário em que o hospedeiro está mais vulnerável”, acrescenta
Tamara.
De acordo com Rafaela Bruno, não é possível afirmar se a alteração
verificada no estudo ocorre também com mosquitos infectados por outros tipos do
vírus da dengue.
“Fatores como a resposta imune do mosquito podem fazer com que os
resultados sejam diferentes”, explica. O próximo passo do trabalho é a
investigação dos genes que estão envolvidos na mudança de comportamento
observada. “Já temos ensaios preliminares que mostram que, na situação de
infecção pelo vírus, os genes associados à regulação do relógio circadiano do
vetor são afetados, mas agora vamos fazer um estudo mais abrangente”, concluiu
a pesquisadora.
Fonte: O Dia Online
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