A FASCINANTE GENÉTICA DA COR DOS GATOS

TEXTOS INFORMATIVOS DE BIOLOGIA

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·         06/08/2014
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Já ouviu dizer que gatas de três cores são sempre fêmeas? Pois é verdade! O gene que determina se um gato vai ser preto ou laranja está no cromossomo X, que as fêmeas têm dois (XX). Como os machos só têm um X, pois são XY, eles só podem ser ou pretos, ou laranjas, nunca os dois.
Ok, não é nunca. Raros machos têm uma síndrome, chamada Klinefelter (nome de síndrome nunca é fácil), e acabam com genes XXY – podendo ter preto laranja. Outros podem ser quimeras – terem se formado com dois embriões – ou serem formados por um mosaico cromossômico – só algumas células são XXY. Enfim, é raríssimo.
Gatas laranjas e pretas (escaminhas) são sempre fêmeas.
Só que preto e laranja são duas cores, cadê o branco? Aí que a coisa fica mais complexa ainda. O branco está em outro cromossomo, totalmente separado! E por incrível que pareça, existem três genes para pêlos brancos: um gene para manchas brancas (S/s), um gene para gatos brancos (W/w) e um gene para albinismo (C/c).
Um gato com gene de pêlos pretos e gene de manchas brancas é um gato “frajola” – preto com branco. Uma gata com genes pretos em um X, genes laranjas no outro X e genes de manchas brancas em outro cromossomo é uma gata… tricolor!
Agora, tanto um gato com genes pretos e uma gata com genética tricolor serão totalmente brancos se tiverem o gene dominante de pêlos brancos (W_). Esse gene faz com que o gato tenha pouquíssimos melancócitos, que produzem a cor, então não importa se ele seria laranja ou preto, a cor não será produzida e ele será um gato branco!
E tem mais. O gene de albinismo é diferente do gene branco, ele tem a ver com uma enzima chamada tirosinase, que é um elemento fundamental para a produção de cor. Isso faz com que gatos albinos ou sejam 100% brancos e de olhos rosados, ou siameses.
Então siameses são albinos? Sim, eles têm um tipo de albinismo. Surpreendente não é? O que acontece com os siameses, e alguns outros gatos, é que a enzima que produz cor depende da temperatura do corpo. Então nas extremidades (patas, rosto, orelhas e rabo) o organismo produz mais cor e a região fica escura. No resto do corpo, que é mais quente, a cor é mais fraca.
E gatos rajados? Tigrados? Marrons? Desbotados? E o pêlo comprido dos persas? Mais genes! Muitos, muitos outros genes! Milhares de genes, e bilhões de combinações. E se a coisa já está confusa até aqui… é melhor deixar o resto para outra matéria.


Essa é uma tricolor

A cor dos siameses é determinada pelo genes de albinismo





Baratas possuem personalidade, revela estudo



Insetos apresentam inclusive traços de caráter como bravura e timidez – o que pode explicar a sua incrível capacidade de adaptação e sobrevivência




Se você é daqueles que pisa em uma barata e pensa que está esmagando um bicho simplório, de capacidades cognitivas limitadas, então um estudo recente pode fazer sua consciência ficar um pouco mais pesada.

Pesquisadores da Universidade Livre de Bruxelas descobriram que os insetos são bem mais complexos do que parecem, e têm até personalidade e caráter próprios, podendo apresentar traços como bravura e timidez.
Talvez isso explique o porquê de serem tão resistentes e de poderem se adaptar a ambientes extremamente inóspitos. “Baratas são animais simples, mas elas podem chegar a uma decisão complexa. Com poucas informações e interações, sabendo somente se têm uma parceira no lugar ou não, apenas com este tipo informação elas podem tomar decisões difíceis”, disse Issac Planas, pesquisador principal do projeto, a Reuters.
O grupo estudou a reação da barata-americana quando exposta à luz: a cada turno, 16 insetos ficavam em uma arena circular durante três horas, localizada sob uma fonte luminosa muito brilhante. Dois abrigos redondos foram instalados no centro para fornecer sombra aos animais, que têm aversão à luz.
Sabe-se que eles também possuem afinidade com estar em grupos e em locais protegidos. O comportamento foi então monitorado através de uma câmera e de chips implantados nas costas das baratas, que enviavam os dados a um computador para que os pesquisadores pudessem acompanhar se elas estavam enfrentando a luz ou então abrigadas no esconderijo. O experimento foi repetido mais duas vezes, em datas futuras.
Planas explicou que o objetivo de sua equipe com o grupo de insetos era entender variações de comportamento e a forma como o conjunto chegava a uma decisão. Contrariando as expectativas de que todos iriam rapidamente se esconder sob o abrigo, os cientistas notaram que o tempo para isso acontecer variava entre os diferentes grupos – mas a “reunião” na sombra, invariavelmente, ocorreu em todos os casos no final do experimento. O grupo sempre chegava a um consenso no final, padrão semelhante com o verificado em animais como morcegos, ovelhas e algumas espécies de macaco.
O resultado da variação foi atribuído a diferenças de personalidade e comportamento: se uma barata fosse mais rápida em se esconder, por exemplo, poderia influenciar as outras a fazer o mesmo mais depressa. No entanto, ao contrário de animais com hierarquias sociais, como as abelhas e formigas, cada indivíduo era responsável pela sua escolha final de permanecer exposto à luz ou não.
De acordo com os pesquisadores, as diferentes personalidades podem explicar a formidável habilidade de adaptação a diferentes ambientes: baratas mais “corajosas” se aventuram e exploram novos lugares, enquanto outras ficam para trás e verificam se os arredores são seguros.

Experimento avaliando propesão de baratas a se esconder da luz





Com 14 pessoas com 6 dedos, família do DF planeja 'arraiá dos hexas'

Mutação foi herdada de advogado que ajudou a fundar Clube do Choro.
Família se diz orgulhosa e elege Hulk, Oscar e David Luiz seus preferidos.
João Silva, de 15 anos, que gosta de jogar como goleiro, mostra mão com seis dedos; característica é comum a 14 integrantes da família dele

O início da Copa do Mundo reforçou em uma família de Brasília o orgulho por uma característica que a torna bastante peculiar: dos 24 integrantes, 14 nasceram com 6 dedos nas mãos e nos pés. Apaixonados por futebol, eles decidiram organizar uma festa junina embalada pelo torneio no dia 23 de junho e 2014, quando a Seleção Brasileira enfrenta Camarões no Estádio Nacional Mané Garrincha.
"Nós já somos hexa. O Brasil é que precisa correr atrás de nós", brinca a aposentada Silvia Santos.


A característica, que a família considera "charmosa", deve inspirar camisetas para comemorar os jogos do Brasil durante o Mundial. A festa, que acontecerá em um condomínio de Águas Claras, foi batizada de "Arraiá dos Hexas". Brincalhões, os familiares dizem que os "pentas" do grupo também serão convidados porque representam o número atual de títulos mundiais do Brasil.

A ideia é que todos usem camisetas com estampas bordadas com a figura de uma mão com 6 dedos e, de alguma forma, transmitam juntos boas energias para o time de Neymar e cia.
O nome do atacante, no entanto, nem aparece na lista dos jogadores preferidos da família de flamenguistas. As lembranças imediatas e bastante eufóricas são o meia Oscar, o atacante Hulk e o zagueiro David Luiz. "E eu também gosto do Fred, viu?", confessa a dona de casa Silvana Santos da Silva, mãe de Maria Morena, de 8 anos.
O primeiro da família a apresentar polidactilia (mutação genética que leva uma pessoa a nascer com dedos a mais) foi o patriarca, Francisco de Assis Carvalho da Silva, pai de Silvana. Advogado e músico, ele ajudou a fundar o Clube do Choro de Brasília e sempre viu na situação um motivo de honra. Por causa disso, ganhou o apelido de "Six". Dos cinco filhos, quatro herdaram a característica.
"A gente encara isso com muita naturalidade, acho que até pela forma como meu pai lidava. Aqui em casa, quem tem 5 dedos é que tem complexo. Funciona ao contrário", explica Silvia. "Tenho três filhos, e só o mais velho [Eduardo] é que não tem [6 dedos]. Quando levei minha filha [Ana Carolina] para tirar os do pé, porque para colocar sandalinha complicava um pouco, Dudu pediu para guardá-los para colocar na mãozinha dele. Ele tinha 5 anos e se sentia excluído."


A técnica em programação Ana Carolina lembra que, na infância, chegou a se sentir desconfortável com a característica que tanto agradava ao irmão, depois de ouvir piadinhas de que a mão dela se parecia com a de um extraterrestre. Sem traumas, a jovem hoje se diverte ao ver a cena entre a mãe e o irmão se repetir com o filho do meio, João Pedro, de 5 anos.

"Dos meus três filhos, só o mais velho, Bernardo, nasceu com 6 dedos. Então nosso problema é esse, porque o João [Pedro] sempre quer ter 6, como eu e o Bernardo. Ele vê e quer ser igual a nós", ri. "Como ele nos pega como referência, acaba usando o dedo do meio para apontar as coisas, quando na verdade nós usamos o que seria nosso indicador."
Apesar das "excentricidades", a família garante que o dedo sobressalente não atrapalha nenhuma atividade. A diferença fica mais evidente na hora de posicionar os membros para fazer coisas mais precisas, como escrever – em vez de o lápis e a caneta ficarem entre o polegar o indicador, eles dividem a mão com dois dedos de um lado e quatro do outro.
Para evitar que esses momentos causem constrangimento às crianças, como os ocorridos com Ana Carolina na infância, as mães buscam ajuda nas próprias escolas. Caçula de "Six", Silvana conta que a filha, Maria Morena, sempre relata que os coleguinhas insistem para ver a mão dela.
"Em todo começo de ano, eu aviso a professora que ela tem 6 dedos, mas que consegue fazer tudo normalmente. Ela consegue cortar com tesoura sem dificuldade alguma, consegue escrever. Então, peço que a trate sem diferenças, porque isso não é um problema", explica.
A pequena Maria Morena sonha em aprender a tocar piano e acredita que pode levar vantagem por ter dedos a mais. "Eu acho bem mais legal ser assim, consigo pegar mais coisas, tenho mais possibilidades", diz. "Só não gosto quando as pessoas ficam querendo toda hora ver e ficar contando [para os outros]. Eu falo para eles: 'Vocês têm 5 e eu, 6'. Acho estranho olhar as mãos deles e ver que eles têm menos."

Família no DF que tem 6 dedos em cada mão; característica é comum a 14 membros do grupo

Também mãe de duas crianças com polidactilia e neta do músico "Six", a veterinária Mariana Sousa afirma que as conversas com a coordenação da escola dos filhos renderam até um novo método para ensinar as diferenças entre as pessoas. Na sala de Pedro, de 12 anos, já não é mais consenso que todos têm dez dedos nas mãos e nos pés.
"O legal é que a gente viu uma mudança na escola também. A professora do Pedro parou de falar que, juntas, as mãos formam uma dezena, porque para ele não funcionava. Agora, ela diz que há pessoas diferentes – loiras, morenas, ruivas, de olhos azuis, verdes e castanhos – e que isso é assim mesmo, normal", destaca a veterinária.
Para ela, as crianças dificilmente se sentirão envergonhadas pela condição, já que é considerada natural dentro da família. Mariana afirma ainda que, fora da escola, é difícil as pessoas notarem que ela ou os filhos têm 6 dedos. O mais novo, Arthur, de 1 ano e 5 meses, apresenta a mutação genética apenas nos pés.

Festa e futebol
Brincalhões, os familiares decidiram juntar as comidas típicas de junho à passagem da seleção brasileira pela cidade para realizar o "Arraiá dos Hexas" e convidar os familiares que são "pentas".
Vestidos de verde, amarelo e azul, os "hexas" afirmam confiar no desempenho da Seleção ao longo da Copa e se dizem felizes com a realização do evento no Brasil. Eles não ignoram as outras necessidades do país, que pautaram protestos desde junho do ano passado, mas acreditam que seria pior não levar a taça desta vez.
"O gasto já foi gigantesco, e agora não consigo nem imaginar a reação das pessoas se a gente ainda não fosse campeão. Tem mesmo coisa a mudar, mas a gente não pode fechar os olhos para como é bonito isso tudo. Não é legal ver a interação entre tanta gente diferente, uma interação bonita?
Você ver que, na porta do estádio, as torcidas se cumprimentam, a rivalidade é só em campo. Ou, então, ver os japoneses limpando o estádio [após perder por 2 a 1 para a Costa do Marfim na Arena Pernambuco, no Recife, no primeiro dia da Copa], aprender com os outros. É legal sentir esse clima, ver a cidade colorida", ressalta a aposentada Silvia.



Entre 3% e 5% dos bebês
nascem com algum defeito congênito, e os dedos a mais são
a alteração mais recorrente




O filho mais novo dela, João, de 15 anos, é goleiro e conta que teve a mesma sensação ao ver suíços e equatorianos se divertirem antes do início da primeira partida do grupo E e da própria estreia do Mané Garrincha no Mundial, no último domingo. Ele foi o único membro da família a se programar para assistir a partidas do torneio no Mané Garrincha e diz que adorou a experiência.

A irmã Ana Carolina e a prima Mariana escolheram não ir ao estádio por causa dos filhos pequenos. "A Catarina tem só 4 meses, é muito pequena. Fico com medo tanto pela possibilidade de manifestação quanto pelo cansaço dela. E é normal criança ficar inquieta. Eu acabaria não aproveitando. É melhor me privar de ir agora, pelo nosso conforto", afirma.

Alteração genética
De acordo com a coordenadora de Doenças Raras da Secretaria de Saúde do DF, Maria Terezinha de Oliveira Cardoso, a polidactilia é a mais frequente entre as malformações. "Não temos dados sobre o DF, mas o que é possível dizer é que entre 3% e 5% dos bebês nascem com algum defeito congênito, e que os dedos a mais são os mais recorrentes", disse.


"A gente encara isso com muita naturalidade, acho que até pela forma como meu pai lidava. Aqui em casa, quem tem 5 dedos é que tem complexo. Funciona ao contrário. Tenho três filhos, e só o mais velho [Eduardo] é que não tem. Quando levei minha filha para tirar os do pé, porque para colocar sandalinha complicava um pouco, Dudu pediu para guardar para colocar na mãozinha dele. Ele tinha 5 anos e se sentia excluído"



A alteração genética está ligada à hereditariedade e, ao contrário do que muitas pessoas acreditam, não há fatores externos que possam desencadeá-la. O mais comum é que a pessoa nasça com apenas um dedo a mais em cada membro, mas há casos em que a mutação vem acompanhada de lábio leporino ou de doenças no coração.

Embora geralmente os dedos a mais funcionem bem, a cirurgia para extraí-los costuma ser recomendada. O tratamento é oferecido pela rede pública do DF, mas a mudança não chega nem a ser cogitada pela família.
Refutando a ideia de “defeito”, a aposentada Silvia afirma que a característica realmente dá muito orgulho aos hexas. Ela diz ainda que recebeu de um médico uma proposta para passar por mapeamento genético, mas que recusou por medo de que os filhos ficassem complexados sem necessidade.
"Ter dedos a mais não nos afeta em nada, é uma coisa maravilhosa. Para nós, é uma diferença que é qualidade. O estranho é quem não tem. Aqui, quando vai nascer bebê e fazem ultrassonografia, a pergunta não é se é homem ou mulher. Queremos saber se tem cinco ou seis dedos", brinca.


Filho mais novo de Silvia, João afirma que os dedos a mais o ajudam bastante como goleiro. O garoto de 15 anos contou com a ajuda da mãe para improvisar as luvas: eles compraram dois pares, um de boa qualidade e outro mais simples. No que era melhor, fizeram furos para poder acomodar o membro sobressalente e depois costuraram um dedo recortado do par de luvas de qualidade inferior.











 Entenda a diferença entre doenças hereditárias e genéticas
Nem sempre uma doença genética é herdada dos pais, o problema no DNA pode ocorrer ao longo da vida
ARTIGO DE ESPECIALISTA - ATUALIZADO EM 20/02/2015
Dr. Ciro Martinhago GENETICISTA - CRM 102030/SP
ESPECIALISTA MINHA VIDA
JÁ AJUDOU 1.063 PESSOAS
Há quem pense que doença genética e hereditária é a mesma coisa, mas não é assim, as diferenças são grandes. 
Se existe uma doença genética é por que houve um distúrbio, um dano, um erro no material genético, nos genes. E isso pode ter sido causado por diversos fatores: radiação, infecção, má alimentação, estresse entre outros. O câncer é genético, porém, apenas 5 a 10% são herdados. De alguma forma, por alguma razão - que às vezes não sabemos -, o material genético (DNA) sofreu uma modificação ou danificação e a doença se instalou. 
A doença hereditária, como o nome já diz, é herdada. Uma herança genética que é transmitida entre gerações e que vai se manifestar em algum momento da vida. Todos conhecemos famílias com vários membros com diabetes ou obesidade, com hipertensão ou alergia... A doença faz parte da genética familiar e nesse caso não é doença genética. É hereditária. 
Doença congênita também não necessariamente é hereditária: o acidente nos genes aconteceu durante o desenvolvimento do embrião ou durante o parto, como a síndrome de Down. Ocorre um erro no cromossomo 21 que não foi herdado dos pais. O câncer pode ser uma doença genética - muito sol sem proteção e "aparece" um câncer de pele. Mas também pode ser uma doença hereditária - o caso Angelina Jolie é um exemplom que herdou os genes defeituosos da mãe. 
Outro exemplo de doença hereditária é a hemofilia - a mãe, que carrega os genes defeituosos, só passa a doença para os filhos homens, e a doença progride geração a geração, silenciosamente. A lista de doenças genéticas que podem ou não ser hereditárias é enorme, são milhares de doenças conhecidas e outras tantas precisam ser identificadas. 
Diagnósticos modernos e aconselhamento genético
É função do médico geneticista saber diagnosticar e diferenciar o que é genético do que é hereditário. As formas de diagnósticos das doenças hereditárias ou congênitas sempre dependerão da prática da boa clínica médica: da anamnese cuidadosa, dos recursos laboratoriais de praxe e da experiência clínica. 
No entanto, desde o sequenciamento completo do DNA, há dez anos, a medicina genômica trouxe uma evolução impressionante no campo do diagnóstico de doenças genéticas (e das hereditárias). 
Existem testes que utilizam algumas gotas de sangue ou saliva, ou qualquer amostra de tecido ou fluido do corpo humano que contenha material genético (DNA). O mais importante é a precocidade do resultado ? no caso de Angelina Jolie, o teste realizado nos genes BRAC1 e BRCA2 mostrou que ela teria mais de 80% de chances de desenvolver o mesmo câncer de mama, ou de ovário, que matou sua mãe, o que a levou a tomar uma medida preventiva. 
A precocidade do resultado pode anteceder o nascimento. Já existem testes genéticos que podem ser realizados na nona semana de gravidez com uma amostra de sangue da mãe, de onde são "pinçados" fragmentos de DNA do feto. Testes específicos para detectar síndrome de Down, de Patau e de Edwards (as duas últimas bastante severas) fornecem 99,99% de certeza do diagnóstico, o que dá aos casais tempo e informação para se preparem para o nascimento e desenvolvimento da criança com necessidades especiais. 
Entre outras vantagens dos testes genéticos está o fato de não serem invasivos - nada de biópsia, de coleta de amostra de tecido, para "olhar" no microscópio. No caso do diagnóstico de doenças fetais, a melhor opção que temos era o exame de amniocentese, que precisa coletar uma amostra do líquido amniótico que envolve o bebê, acarretando no máximo 0,5% de risco de aborto. 
Esses recursos genômicos permitem planejar a gravidez e tomar as medidas preventivas necessárias para que a doença não se desenvolva - mudando estilo de vida e hábitos perniciosos e aceleradores do advento da doença geneticamente diagnosticada. 
No entanto, esses recursos precisam ser orientados por um médico especialista em genética médica que, na consulta de aconselhamento genético, orientará acerca dos testes disponíveis e adequados para o caso e interpretará o resultado. 







Macaco consegue controlar os movimentos de outro com o pensamento
Tecnologia ainda dá primeiros passos, dizem cientistas, mas é avanço importante para que pessoas paralíticas readquiriram controle de movimento.
Cientistas americanos anunciaram ter conseguido fazer com que um macaco controle os movimentos do braço de outro com o pensamento.


 Leituras do cérebro do primeiro macaco, chamado de mestre, foram usadas como guia para estimular eletricamente a medula espinhal do segundo macaco, chamado de avatar. Assim, o mestre pôde comandar os movimentos do avatar.
A equipe de cientistas espera que o método seja aperfeiçoado para permitir que pessoas paralíticas readquiram o controle de seus corpos. Danos à medula espinhal podem interromper o fluxo de informações entre o cérebro e o corpo e impedir uma pessoa de andar ou se alimentar sozinha. Os pesquisadores buscam contornar esse dano com a ajuda de máquinas.
Publicados na "Nature Communications", os resultados do estudo foram descritos como "um passo importante" rumo a essa meta.

Na pesquisa, cientistas da Escola de Medicina de Harvard se recusaram a provocar a paralisia de um macaco por considerar a atitude injustificável. Em vez disso, usaram dois macacos: um mestre e um avatar, que foi sedado para simular os efeitos da paralisia.

Um chip foi implantado no cérebro do mestre para monitorar qualquer atividade cerebral que envolvesse mais de cem neurônios. Durante o treinamento, os movimentos do mestre foram relacionados a padrões da atividade elétrica gerada por seus neurônios.

Por sua vez, o avatar teve 36 eletrodos implantados em sua medula espinhal. Testes foram realizados para verificar como o estímulo provocado por diferentes combinações de eletrodos afetava seus movimentos.

Só então os macacos foram conectados um ao outro para que as leituras cerebrais de um gerassem movimentos no outro em tempo real. O avatar segurava um controle que comandava um cursor em uma tela enquanto o líder pensava em mover este cursor para cima e para baixo.

Em 98% dos testes, o mestre conseguir controlar os movimentos do braço do avatar.

"Nossa esperança é obter um movimento totalmente natural", disse o pesquisador Ziv Williams à BBC. "Acho que teoricamente é possível, mas para chegar a esse ponto serão necessários esforços adicionais e exponenciais".

Para Williams, mesmo a menor capacidade de realizar movimentos novamente mudaria drasticamente a qualidade de vida de pessoas paralíticas.

Realidade ou ficção?

A ideia de um cérebro controlar o corpo de um avatar já foi tema de filmes de Hollywood, como Avatar (2009). No entanto, o professor Christopher James, da Universidade de Warwick, descarta um futuro no qual será possível comandar os corpos de outras pessoas por meio do pensamento.

"O risco de isso acontecer é nulo", disse James. "Mesmo ligada a outra pessoa dessa forma, quem não tem lesões na medula espinhal ou no tronco encefálico ainda assim reteria o controle de seus membros. Então, ninguém será capaz nem tão cedo de fazer alguém se movimentar contra sua vontade".

Mesmo assim, James afirma, a pesquisa tem grandes implicações, "especialmente no controle de membros quando há uma lesão ou no controle de próteses por quem teve um membro amputado".

Ainda há alguns desafios para atingir essa meta. Mover um cursor para cima e para baixo não se equipara, por exemplo, à complexidade de um movimento como o de levar um copo até à boca.

Além disso, os músculos tendem a ficar mais rígidos após uma paralisia e a pressão sanguínea varia bastante, o que torna a retomada do controle do corpo mais difícil.

"Este trabalho é um passo à frente importante porque mostra que existe a chance de usar ligações entre máquinas e o cérebro para restabelecer a capacidade de uma pessoa paralítica de realizar movimentos", diz o professor Bernard Conway, chefe de engenharia biomédica da Universidade de Strathclyde (Reino Unido).
"No entanto, ainda será necessário muito trabalho antes que a tecnologia possa ser usada por quem precisa dela."



(http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2014/02/macaco-consegue-controlar-os-movimentos-de-outro-com-o-pensamento.html)






Médicos trocam crânio de mulher por prótese de plástico impressa em 3D

Paciente tinha doença rara que fazia crânio ficar com 5 cm de espessura.
Cirurgia foi feita no Centro Médico Universitário de Utrecht, na Holanda.
Um hospital holandês obteve com sucesso a primeira cirurgia de troca da parte superior do crânio de uma paciente por uma prótese plástica criada em impressão 3D.
A mulher de 22 anos sofria de uma doença rara que engrossava o crânio de forma anormal. No caso dela, o crânio tinha 5 centímetros de espessura, quando o normal seria 1,5 centímetro.
A cirurgia foi realizada no Centro Médico Universitário de Utrecht, na Holanda, e durou 23 horas. Próteses criadas em impressoras 3D já haviam sido usadas para substituir pares do crânio, mas esta é a primeira vez que quase toda a caixa craniana é substituída em um paciente.
O procedimento gera resultados melhores porque o uso de peças com essa tecnologia instantânea permite fazer uma reconstrução mais precisa.
"Usando a impressão 3D, podemos fazer um para o tamanho exato”, explico o médico Bon Verweij, que comandou a cirurgia, em entrevista ao jornal Dutch News. “Isto não só tem grandes vantagens estéticas, mas a função do cérebro dos pacientes muitas vezes se recupera melhor."
A cirurgia foi realizada há três meses, mas o hospital anunciou o procedimento nesta sexta-feira (26) depois de se certificar que a mulher se recuperou completamente. "Ela já voltou ao trabalho e é impossível perceber que ela foi operada", afirmou.


Prótese utilizada


(http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2014/03/medicos-trocam-cranio-de-mulher-por-protese-de-plastico-impressa-em-3d.html)







Mosquitos transgênicos são criados para combater a malária

Cientistas produzem insetos alterados para produzir principalmente machos — a ideia é que isso leve ao desaparecimento da espécie.


Biólogos anunciaram nesta terça-feira, dia 11 de junho de 2014, ter desenvolvido uma nova arma contra a malária. Eles criaram mosquitos geneticamente manipulados para produzir principalmente descendentes machos — levando, eventualmente, ao desaparecimento da população inteira de insetos.

A técnica produz uma geração de mosquitos transgênicos em que 95% são do sexo masculino, enquanto nas populações normais o percentual é de 50%. Os resultados foram descritos em artigo na revista Nature Communications. Logo, restam tão poucas fêmeas que a população de mosquitos desaba, reduzindo o risco de que os humanos entrem em contato com o parasita da malária (transmitido pelas fêmeas).
"A malária é uma doença debilitante, com frequência fatal, e nós precisamos encontrar novas formas de combatê-la", afirma o chefe do estudo, Andrea Crisanti, professor do Imperial College de Londres. "Achamos que nossa abordagem inovadora representa um enorme avanço. Pela primeira vez, fomos capazes de inibir a produção de descendentes fêmeas em laboratório e isso nos dá novas formas de eliminar a doença."
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a malária mata mais de 600 mil pessoas por ano, sendo as principais vítimas crianças pequenas da África subsaariana. Resultado de seis anos de trabalho, o método se concentra nos mosquitos "Anopheles gambiae", os transmissores mais perigosos do parasita da malária.
Os cientistas injetaram uma parte de enzima de DNA no código genético dos embriões de mosquitos machos. Basicamente, a modificação parte em pedaços o cromossomo X durante a produção de espermatozoides na idade adulta.
Como resultado, quase nenhum espermatozoide funcional contém o cromossomo X, que determina descendentes fêmeas. Ao contrário, a maior parte dos espermatozoides carrega o cromossomo Y, que produz machos. Os mosquitos modificados foram testados em cinco jaulas, cada uma contendo 50 machos geneticamente modificados e 50 fêmeas silvestres normais.
"Estou muito esperançoso de que essa nova abordagem possa, enfim, levar a uma forma barata e eficaz de eliminar a malária", diz o Roberto Galizi, pesquisador.
Em quatro das cinco jaulas, toda a população desapareceu em seis gerações devido à falta cada vez maior de fêmeas. Os mosquitos machos modificados produziram apenas herdeiros machos modificados, que tiveram o mesmo tipo de descendentes até que não sobraram mais fêmeas.
"A pesquisa ainda está no começo, mas estou muito esperançoso de que essa nova abordagem possa, enfim, levar a uma forma barata e eficaz de eliminar a malária de regiões inteiras", declarou um colega de Crisanti, Roberto Galizi. Em um comentário independente, o especialista Michael Bonsall, da Universidade de Oxford, referiu-se à pesquisa como um "trabalho muito legal".
"Isso tem implicações importantes para limitar a disseminação da malária", declarou à Science Media Centre britânica. "Será muito empolgante ver o avanço desta tecnologia." Os cientistas já estão fazendo experimentos na natureza com mosquitos "Aedes aegypti", que transmitem a dengue, e que foram modificados para gerar descendentes que não chegam à idade adulta.
Eles sobrevivem durante apenas uma semana, enquanto mosquitos normais vivem um mês. O Brasil e a Malásia já soltaram nuvens desses insetos, e em janeiro o Panamá anunciou que também fará o mesmo.
No entanto, estes programas despertam a preocupação de ambientalistas, que chamam atenção para o impacto desconhecido de animais geneticamente modificados no equilíbrio da biodiversidade. Eles argumentam que se uma espécie de mosquito for eliminada de uma região, abriria a oportunidade para uma espécie concorrente — e potencialmente perigosa — vir à tona.





Inseto alterado



 Não tirar os olhos do celular pode prejudicar sua coluna


Nossos telefones celulares e tablets têm transformado a maneira como lidamos com nossos corpos – e não para melhor.

Olhar para o seu dispositivo é como ter um peso de 27 quilos em seu pescoço, de acordo com o Dr. Kenneth K. Hansraj, chefe de cirurgia da coluna no New York Spine Surgery & Rehabilitation Medicine (Centro de Cirurgia na Coluna e Reabilitação Médica de Nova York, em tradução livre). Isso é como segurar uma criança de oito anos no pescoço enquanto você está de pé lendo suas mensagens.
Hansraj desenvolveu o modelo de computador acima. Como é de se esperar, mover a cabeça para a frente e ter a mesma quantidade de força em seu pescoço e coluna vertebral não é bom para a saúde. A má notícia é que o ser-humano médio gasta de 2 a 4 horas por dia nesta posição.
Uma vez que as nossas cabeças são bastante pesadas – com peso de até 5,5 kg, ou – quando estamos frequentemente olhando para baixo por longos períodos, estamos aumentando a atração gravitacional sobre elas. E, como se vê, essa força é muito grande.
O estudo observa que ter uma boa postura é ter seus ouvidos alinhados com os ombros e as omoplatas para trás. Isto reduz o stress do corpo e diminui o cortisol. Má postura, por outro lado, acentua a coluna vertebral e pode levar a um desgaste precoce, e talvez à uma intervenção cirúrgica.
Algumas soluções para corrigir a postura: segure o celular diretamente na sua frente, em vez de dobrar a cabeça para baixo; coloque o seu tablet em um ângulo de 30 graus ao digitar ou tocar (o ângulo protege seus pulsos) ou mais perpendicularmente se for apenas leitura; e estique o pescoço para trás para corrigir a postura.















O que é onicofagia?
A onicofagia é o singular de hábito de roer unhas, é um dos hábitos mais comuns em que vemos em, crianças, jovens e adultos. 

O hábito e a necessidade de roer ou até mesmo de comer as unhas, está ligado a um estado de psico-emocional de ansiedade ou seja, considerado como reflexo de desajustes emocionais.

A incidência diminui após os 16 anos de idade. Portanto, considerado normal entre as idades de 4 a 18 anos, devido a sua alta prevalência nesta faixa etária.
A causa do hábito ainda não se sabe. Porém, pessoas que roem unhas têm mais ansiedade do que aqueles que não têm a onicofagia, nenhuma diferença significativa em relacionar a onicofagia à ansiedade. Outros citam a tendência familiar devido, provavelmente, ao ato de imitação.


As conseqüências


O hábito de roer unhas pode provocar sérios problemas. Roer as unhas produz ferimentos que servem de porta de entrada para vírus como o HPV, causador de verrugas na pele.
Quem engole pedaços de unhas pode ter pequenas lesões no estômago ou no intestino. Um outro fator é, as mãos podem estar sujas e a pessoa acaba ingerindo germes.

Tratamento


De modo geral, a onicofagia não é um caso de se preocupar e, se não estimulado, com o tempo desaparece. Embora, se estiver associado a outros problemas, o quadro é mais complexo e precisará de ajuda especializada.

Veja alguns exemplos que ajudará a controlar a onicofagia:
  • Manter as unhas bem cortadas, evitando que as pontas mal aparadas sirvam de tentação para os roedores.
  • Mordedor de borrachas (Principalmente quando está assistindo filme, jogos, novelas, ect.)
  • Chicletes sem açúcar
  • Ocupar as mãos do indivíduo com atividades (trabalhos manuais ou instrumentos).
  • Sabe qual é o significado da palavra Onicofagia? Calma, é apenas o nome dado há quem tem o hábito diário de roer unhas. Que por mais simples que pareça podem trazer tanto problemas estéticos, como outros problemas á saúde.
  • Geralmente a causa pela Onicofagia é por causa de estresse, ansiedade, ou até mesmo por uma mania. Mas que precisa parar de acontecer. No começo você nem percebe, mas vai criando um hábito que pode afetar seu organismo, dentes entre outras coisas.
  • A melhor coisa a fazer é procurar um médico, pois há vários tipos de tratamentos, seja a base de medicamentos ou então de terapias. E em um pouco tempo começa a desaparecer. Lembre-se que esse é um problema freqüente independentemente da idade, mas tenha precaução.








Ratos também sonham



Cientistas descobrem que eles sonham sobre lugares que querem visitar e sobre, claro, comida


De acordo com uma pesquisa da University College London, quando não conseguem acessar seu alimento, ratos sonham com ele assim que pregam os olhos. "É como ficar olhando para fotos da Grécia um dia antes de tirar férias - naquela noite, você pode sonhar com as imagens", afirma um dos autores do estudo, Hugo Spiers.
Para chegar a essa conclusão, pesquisadores colocaram quatro ratos no fundo de uma gaiola em forma de T - lá, os bichinhos conseguiam ver comida, mas não conseguiam chegar até ela. Depois, eles foram encorajados a dormir enquanto sua atividade cerebral era gravada por 50 eletrodos.
Quando eles foram colocados de volta na gaiola, eles correram diretamente para o braço do "T" que estava bloqueado anteriormente, o que, combinado com os dados dos eletrodos, sugere que eles planejavam uma estratégia enquanto dormiam.
E um adendo estranho - cientistas já conseguiram alterar os sonhos de ratos (lembra de "Inception - a Origem?"). Para isso, eles estimularam uma parte do cérebro de ratos para que eles procurassem uma certa parte do labirinto quando estavam acordados, mesmo que o trecho não oferecesse nenhum atrativo. Medo.








Somos mais 'parecidos' com nossos pais do que com nossas mães, diz estudo



Uma nova pesquisa sugere que os mamíferos podem ser mais geneticamente parecidos com seus pais do que com suas mães, apesar de herdarmos quantidades iguais de mutações genéticas de cada um dos pais.

Pesquisadores da UNC usaram camundongos criados específicamente para ter maior diversidade genética

O estudo da Universidade da Carolina do Norte (UNC), nos Estados Unidos, descobriu que a influência de genes mutantes vindos do pai é maior do que a dos genes mutantes da mãe.
Mutações genéticas passadas dos pais para os filhos aparecem, tipicamente, em doenças consideradas complexas, que envolvem milhares de genes.
O processo pelo qual a informação contida nos genes se manifesta fisicamente é chamado de expressão genética.

Cientistas acreditam que a descoberta pode abrir novos caminhos para o tratamento de doenças comuns porém complexas - como vários tipos de câncer, diabetes, doenças cardíacas, esquizofrenia e obesidade.



A pesquisa foi publicada na revista especializada Nature Genetics.



Mutações reguladoras



As mutações que alteram a expressão genética - chamadas de mutações reguladoras - afetam a saúde humana vêm da mãe e do pai.

Mas, afirma o pesquisador Fernando Pardo-Manuel de Villena, da UNC, "agora sabemos que mamíferos expressam mais variação genética do pai. Então, imagine que um certo tipo de mutação é ruim. Se for herdada da mãe, o gene não se expressaria tanto como se expressaria se fosse herdado do pai".



Segundo estudo, o material genético herdado do pai tem mais impacto.


Villena afirma que a mesma "mutação ruim teria consequências diferentes em doenças se fossem herdadas da mãe ou do pai".
A pesquisa realizada pela equipe da UNC pesquisou uma população de camundongos de laboratórios de ascendência silvestre, criados para apresentar uma maior variedade genética - de forma a serem comparáveis à diversidade humana - do que os típicos camundongos de laboratório.
Dessa forma, os cientistas afirmam que os resultados serão mais úteis para estudos de doenças humanas, já que pesquisas anteriores desconheciam a origem de expressões genéticas específicas - sem saber se elas vinham dos pais ou das mães.
A pesquisa americana examinou três variedades diferentes de camundongos que passaram por cruzamentos consanguíneos, descendentes de uma subespécie que evoluiu em continentes diferentes.
Estes camundongos passaram por cruzamentos para criar nove tipos diferentes de crias híbridas, na qual cada variedade foi usada como pai e mãe.
Quando os camundongos chegaram à idade adulta, os pesquisadores mediram a expressão genética em quatro tipos diferentes de tecidos.
Em seguida, eles mediram o quanto desta expressão genética era derivada da mãe e do pai em cada um dos genes.















 O que provoca o albinismo?



A palavra albinismo deriva do latimalbus(branco) e se refere à incapacidade de um indivíduo ou animal de fabricar um pigmento denominado melanina (do grego melan, negro), que dá cor à pele e protege da radiação ultravioleta tanto do Sol como de qualquer dispositivo artificial, como as câmaras de bronzeamento artificial.

Diferentes alterações dos genes podem causar albinismo. Por exemplo, a falta de alguma das enzimas sintetizadoras da melanina ou a incapacidade da enzima para entrar nas células responsáveis pela pigmentação e transformar o aminoácido tirosina, a base para construir o pigmento, em melanina.
Isto é, no caso do albinismo, o indivíduo ou animal possui melanócitos, onde se gera a melanina, mas uma disfunção não permite que estas células fabriquem o pigmento.
O albinismo é uma disfunção universal que pode afetar tanto o homem como a mulher e também afeta os animais. É muito freqüente em ratos, coelhos, cavalos, porcos, peixes, tubarões e tigres.
As pessoas ou animais com albinismo têm muito pouca ou nenhuma pigmentação em em seus olhos, pele ou cabelo. Os cabelos, as sobrancelhas e as pestanas são totalmente brancas ou de um amarelo muito pálido, a tez é extremamente clara e os olhos podem chegar a ser rosados. A despigmentação com que nascem não se modifica com a idade.
Os albinos têm dificuldade de enxergar em lugares muito claros e podem sofrer queimaduras por radiação solar muito facilmente, sendo muito provável que desenvolvam câncer de pele caso não se protejam adequadamente.
O albinismo pode se apresentar de forma total ou parcial, afetando respectivamente todo o corpo ou só determinadas zonas. A forma mais comum, no entanto, é a total.

Hereditariedade 

O albinismo é hereditário e está condicionado a um gene pouco comum que gera certas características físicas e que tem caráter recessivo, não aparece em todas as gerações. Estima-se que uma em cada 17.000 pessoas são albinas.

Quando um dos pais possui o gene recessivo do albinismo, existe a probabilidade de transmissão de 25% em cada gravidez. De cada quatro filhos, um pode apresentar a doença. No entanto, no caso do nascimento de filho saudável, há 50% de possibilidade de ele ser portador do gene e gerar filhos com albinismo.
A terapia genética abre uma possibilidade para os portadores do albinismo. No futuro, estes pacientes poderão receber os genes que faltam a suas células "pigmentadoras", a fim de que adquiram a capacidade de sintetizar a melanina.
Vitiligo 

É bom lembrar que existem variadas doenças que se caracterizam por alterações na pigmentação da pele, diminuições congênitas ou adquiridas na produção de melanina. Um exemplo é vitiligo. Ainda que o albinismo possua algumas características similares com o vitiligo, as disfunções não estão relacionadas.

O vitiligo é uma doença da pele que se adquire e se desenvolve progressivamente, enquanto o albinismo se apresenta desde o nascimento e não aumenta nem diminui com a idade. No albinismo, não existe melanina porque os melanócitos não podem sintetizá-la. No vitiligo, não existe melanina porque os melanócitos foram destruídos.
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Copito de Nieve, o único gorila albino do mundo, morreu.


TEXTOS RETIRADOS DO SITE SÓ BIOLOGIA

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