A FASCINANTE GENÉTICA DA COR DOS GATOS
TEXTOS INFORMATIVOS DE BIOLOGIA
Mutação foi herdada de advogado que ajudou a fundar Clube do Choro.
Família se diz orgulhosa e elege Hulk, Oscar e David Luiz seus preferidos.
Entenda a diferença entre doenças hereditárias e
genéticas
Cientistas produzem insetos alterados para produzir principalmente machos — a ideia é que isso leve ao desaparecimento da espécie.
Não tirar os olhos do celular
pode prejudicar sua coluna
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06/08/2014
Já ouviu dizer que gatas de três
cores são sempre fêmeas? Pois é verdade! O gene que determina se um gato vai
ser preto ou laranja está no cromossomo X, que as fêmeas têm dois (XX). Como os
machos só têm um X, pois são XY, eles só podem ser ou pretos, ou laranjas,
nunca os dois.
Ok, não é
nunca. Raros machos têm uma síndrome, chamada Klinefelter (nome de síndrome
nunca é fácil), e acabam com genes XXY – podendo ter preto e laranja. Outros podem ser quimeras – terem se formado com dois embriões
– ou serem formados por um mosaico cromossômico – só algumas células são XXY.
Enfim, é raríssimo.
Gatas laranjas e pretas (escaminhas)
são sempre fêmeas.
Só que preto e laranja são duas
cores, cadê o branco? Aí que a coisa fica mais complexa ainda. O branco está em
outro cromossomo, totalmente separado! E por incrível que pareça, existem três
genes para pêlos brancos: um gene para manchas brancas (S/s), um gene para
gatos brancos (W/w) e um gene para albinismo (C/c).
Um gato com gene de pêlos pretos e
gene de manchas brancas é um gato “frajola” – preto com branco. Uma gata com
genes pretos em um X, genes laranjas no outro X e genes de manchas brancas em
outro cromossomo é uma gata… tricolor!
Agora, tanto um gato com genes pretos
e uma gata com genética tricolor serão totalmente brancos se tiverem o gene
dominante de pêlos brancos (W_). Esse gene faz com que o gato tenha
pouquíssimos melancócitos, que produzem a cor, então não importa se ele seria
laranja ou preto, a cor não será produzida e ele será um gato branco!
E tem mais. O gene de albinismo é
diferente do gene branco, ele tem a ver com uma enzima chamada tirosinase, que
é um elemento fundamental para a produção de cor. Isso faz com que gatos
albinos ou sejam 100% brancos e de olhos rosados, ou siameses.
Então siameses são albinos? Sim, eles
têm um tipo de albinismo. Surpreendente não é? O que acontece com os siameses,
e alguns outros gatos, é que a enzima que produz cor depende da temperatura do
corpo. Então nas extremidades (patas, rosto, orelhas e rabo) o organismo produz
mais cor e a região fica escura. No resto do corpo, que é mais quente, a cor é
mais fraca.
E gatos rajados? Tigrados? Marrons?
Desbotados? E o pêlo comprido dos persas? Mais genes! Muitos, muitos outros
genes! Milhares de genes, e bilhões de combinações. E se a coisa já está
confusa até aqui… é melhor deixar o resto para outra matéria.
Essa é uma tricolor |
A cor dos siameses é determinada pelo genes de albinismo |
Baratas possuem personalidade,
revela estudo
Insetos apresentam
inclusive traços de caráter como bravura e timidez – o que pode explicar a sua
incrível capacidade de adaptação e sobrevivência
Se você é daqueles que pisa em uma barata e pensa que está esmagando um bicho
simplório, de capacidades cognitivas limitadas, então um estudo recente pode
fazer sua consciência ficar um pouco mais pesada.
Pesquisadores da Universidade Livre de Bruxelas descobriram que os
insetos são bem mais complexos do que parecem, e têm até personalidade e
caráter próprios, podendo apresentar traços como bravura e timidez.
Talvez isso explique o porquê de serem tão resistentes e de
poderem se adaptar a ambientes extremamente inóspitos. “Baratas são animais
simples, mas elas podem chegar a uma decisão complexa. Com poucas informações e
interações, sabendo somente se têm uma parceira no lugar ou não, apenas com
este tipo informação elas podem tomar decisões difíceis”, disse Issac Planas,
pesquisador principal do projeto, a Reuters.
O grupo estudou a reação da barata-americana quando exposta à luz:
a cada turno, 16 insetos ficavam em uma arena circular durante três horas,
localizada sob uma fonte luminosa muito brilhante. Dois abrigos redondos foram
instalados no centro para fornecer sombra aos animais, que têm aversão à luz.
Sabe-se que eles também possuem afinidade com estar em grupos e em
locais protegidos. O comportamento foi então monitorado através de uma câmera e
de chips implantados nas costas das baratas, que enviavam os dados a um
computador para que os pesquisadores pudessem acompanhar se elas estavam
enfrentando a luz ou então abrigadas no esconderijo. O experimento foi repetido
mais duas vezes, em datas futuras.
Planas explicou que o objetivo de sua equipe com o grupo de
insetos era entender variações de comportamento e a forma como o conjunto
chegava a uma decisão. Contrariando as expectativas de que todos iriam
rapidamente se esconder sob o abrigo, os cientistas notaram que o tempo para
isso acontecer variava entre os diferentes grupos – mas a “reunião” na sombra,
invariavelmente, ocorreu em todos os casos no final do experimento. O grupo
sempre chegava a um consenso no final, padrão semelhante com o verificado em
animais como morcegos, ovelhas e algumas espécies de macaco.
O resultado da variação foi atribuído a diferenças de
personalidade e comportamento: se uma barata fosse mais rápida em se esconder,
por exemplo, poderia influenciar as outras a fazer o mesmo mais depressa. No
entanto, ao contrário de animais com hierarquias sociais, como as abelhas e
formigas, cada indivíduo era responsável pela sua escolha final de permanecer
exposto à luz ou não.
De acordo com os pesquisadores, as diferentes personalidades podem
explicar a formidável habilidade de adaptação a diferentes ambientes: baratas
mais “corajosas” se aventuram e exploram novos lugares, enquanto outras ficam
para trás e verificam se os arredores são seguros.
Experimento avaliando propesão de baratas a se esconder da luz |
Com 14 pessoas com 6 dedos,
família do DF planeja 'arraiá dos hexas'
Mutação foi herdada de advogado que ajudou a fundar Clube do Choro.
Família se diz orgulhosa e elege Hulk, Oscar e David Luiz seus preferidos.
João
Silva, de 15 anos, que gosta de jogar como goleiro, mostra mão com seis dedos;
característica é comum a 14 integrantes da família dele
O início da Copa do Mundo reforçou em uma família de Brasília o
orgulho por uma característica que a torna bastante peculiar: dos 24
integrantes, 14 nasceram com 6 dedos nas mãos e nos pés. Apaixonados por
futebol, eles decidiram organizar uma festa junina embalada pelo torneio no dia
23 de junho e 2014, quando a Seleção Brasileira enfrenta Camarões no Estádio
Nacional Mané Garrincha.
"Nós já somos hexa. O Brasil é que precisa correr atrás de
nós", brinca a aposentada Silvia Santos.
A característica, que a família considera "charmosa", deve inspirar
camisetas para comemorar os jogos do Brasil durante o Mundial. A festa, que
acontecerá em um condomínio de Águas Claras, foi batizada de "Arraiá dos
Hexas". Brincalhões, os familiares dizem que os "pentas" do
grupo também serão convidados porque representam o número atual de títulos
mundiais do Brasil.
A ideia é que todos usem camisetas com estampas bordadas com a
figura de uma mão com 6 dedos e, de alguma forma, transmitam juntos boas
energias para o time de Neymar e cia.
O nome do atacante, no entanto, nem aparece na lista dos jogadores
preferidos da família de flamenguistas. As lembranças imediatas e bastante eufóricas
são o meia Oscar, o atacante Hulk e o zagueiro David Luiz. "E eu também
gosto do Fred, viu?", confessa a dona de casa Silvana Santos da Silva, mãe
de Maria Morena, de 8 anos.
O primeiro da família a apresentar polidactilia (mutação genética
que leva uma pessoa a nascer com dedos a mais) foi o patriarca, Francisco de
Assis Carvalho da Silva, pai de Silvana. Advogado e músico, ele ajudou a fundar
o Clube do Choro de Brasília e sempre viu na situação um motivo de honra. Por
causa disso, ganhou o apelido de "Six". Dos cinco filhos, quatro
herdaram a característica.
"A gente encara isso com muita naturalidade, acho que até
pela forma como meu pai lidava. Aqui em casa, quem tem 5 dedos é que tem
complexo. Funciona ao contrário", explica Silvia. "Tenho três filhos,
e só o mais velho [Eduardo] é que não tem [6 dedos]. Quando levei minha filha
[Ana Carolina] para tirar os do pé, porque para colocar sandalinha complicava
um pouco, Dudu pediu para guardá-los para colocar na mãozinha dele. Ele tinha 5
anos e se sentia excluído."
A técnica em programação Ana Carolina lembra que, na infância, chegou a se
sentir desconfortável com a característica que tanto agradava ao irmão, depois
de ouvir piadinhas de que a mão dela se parecia com a de um extraterrestre. Sem
traumas, a jovem hoje se diverte ao ver a cena entre a mãe e o irmão se repetir
com o filho do meio, João Pedro, de 5 anos.
"Dos meus três filhos, só o mais velho, Bernardo, nasceu com
6 dedos. Então nosso problema é esse, porque o João [Pedro] sempre quer ter 6,
como eu e o Bernardo. Ele vê e quer ser igual a nós", ri. "Como ele
nos pega como referência, acaba usando o dedo do meio para apontar as coisas,
quando na verdade nós usamos o que seria nosso indicador."
Apesar das "excentricidades", a família garante que o
dedo sobressalente não atrapalha nenhuma atividade. A diferença fica mais
evidente na hora de posicionar os membros para fazer coisas mais precisas, como
escrever – em vez de o lápis e a caneta ficarem entre o polegar o indicador,
eles dividem a mão com dois dedos de um lado e quatro do outro.
Para evitar que esses momentos causem constrangimento às crianças,
como os ocorridos com Ana Carolina na infância, as mães buscam ajuda nas
próprias escolas. Caçula de "Six", Silvana conta que a filha, Maria
Morena, sempre relata que os coleguinhas insistem para ver a mão dela.
"Em todo começo de ano, eu aviso a professora que ela tem 6
dedos, mas que consegue fazer tudo normalmente. Ela consegue cortar com tesoura
sem dificuldade alguma, consegue escrever. Então, peço que a trate sem
diferenças, porque isso não é um problema", explica.
A pequena Maria Morena sonha em aprender a tocar piano e acredita
que pode levar vantagem por ter dedos a mais. "Eu acho bem mais legal ser
assim, consigo pegar mais coisas, tenho mais possibilidades", diz.
"Só não gosto quando as pessoas ficam querendo toda hora ver e ficar
contando [para os outros]. Eu falo para eles: 'Vocês têm 5 e eu, 6'. Acho
estranho olhar as mãos deles e ver que eles têm menos."
Família
no DF que tem 6 dedos em cada mão; característica é comum a 14 membros do grupo
Também mãe de duas crianças com polidactilia e neta do músico
"Six", a veterinária Mariana Sousa afirma que as conversas com a
coordenação da escola dos filhos renderam até um novo método para ensinar as
diferenças entre as pessoas. Na sala de Pedro, de 12 anos, já não é mais
consenso que todos têm dez dedos nas mãos e nos pés.
"O legal é que a gente viu uma mudança na escola também. A
professora do Pedro parou de falar que, juntas, as mãos formam uma dezena,
porque para ele não funcionava. Agora, ela diz que há pessoas diferentes –
loiras, morenas, ruivas, de olhos azuis, verdes e castanhos – e que isso é
assim mesmo, normal", destaca a veterinária.
Para ela, as crianças dificilmente se sentirão envergonhadas pela
condição, já que é considerada natural dentro da família. Mariana afirma ainda
que, fora da escola, é difícil as pessoas notarem que ela ou os filhos têm 6
dedos. O mais novo, Arthur, de 1 ano e 5 meses, apresenta a mutação genética apenas
nos pés.
Festa e futebol
Brincalhões, os familiares decidiram juntar as comidas típicas de
junho à passagem da seleção brasileira pela cidade para realizar o "Arraiá
dos Hexas" e convidar os familiares que são "pentas".
Vestidos de verde, amarelo e azul, os "hexas" afirmam
confiar no desempenho da Seleção ao longo da Copa e se dizem felizes com a
realização do evento no Brasil. Eles não ignoram as outras necessidades do
país, que pautaram protestos desde junho do ano passado, mas acreditam que
seria pior não levar a taça desta vez.
"O gasto já foi gigantesco, e agora não consigo nem imaginar
a reação das pessoas se a gente ainda não fosse campeão. Tem mesmo coisa a
mudar, mas a gente não pode fechar os olhos para como é bonito isso tudo. Não é
legal ver a interação entre tanta gente diferente, uma interação bonita?
Você ver que, na porta do estádio, as torcidas se cumprimentam, a
rivalidade é só em campo. Ou, então, ver os japoneses limpando o estádio [após
perder por 2 a 1 para a Costa do Marfim na Arena Pernambuco, no Recife, no
primeiro dia da Copa], aprender com os outros. É legal sentir esse clima, ver a
cidade colorida", ressalta a aposentada Silvia.
Entre 3% e 5% dos bebês
nascem com algum defeito
congênito, e os dedos a mais são
a alteração mais
recorrente
O filho mais novo dela, João, de 15 anos, é goleiro e conta que teve a mesma
sensação ao ver suíços e equatorianos se divertirem antes do início da primeira
partida do grupo E e da própria estreia do Mané Garrincha no Mundial, no último
domingo. Ele foi o único membro da família a se programar para assistir a
partidas do torneio no Mané Garrincha e diz que adorou a experiência.
A irmã Ana Carolina e a prima Mariana escolheram não ir ao estádio
por causa dos filhos pequenos. "A Catarina tem só 4 meses, é muito
pequena. Fico com medo tanto pela possibilidade de manifestação quanto pelo
cansaço dela. E é normal criança ficar inquieta. Eu acabaria não aproveitando.
É melhor me privar de ir agora, pelo nosso conforto", afirma.
Alteração genética
De acordo com a coordenadora de Doenças Raras da Secretaria de
Saúde do DF, Maria Terezinha de Oliveira Cardoso, a polidactilia é a mais
frequente entre as malformações. "Não temos dados sobre o DF, mas o que é
possível dizer é que entre 3% e 5% dos bebês nascem com algum defeito
congênito, e que os dedos a mais são os mais recorrentes", disse.
"A gente
encara isso com muita naturalidade, acho que até pela forma como meu pai
lidava. Aqui em casa, quem tem 5 dedos é que tem complexo. Funciona ao
contrário. Tenho três filhos, e só o mais velho [Eduardo] é que não tem. Quando
levei minha filha para tirar os do pé, porque para colocar sandalinha
complicava um pouco, Dudu pediu para guardar para colocar na mãozinha dele. Ele
tinha 5 anos e se sentia excluído"
A alteração genética está ligada à hereditariedade e, ao contrário do que
muitas pessoas acreditam, não há fatores externos que possam desencadeá-la. O
mais comum é que a pessoa nasça com apenas um dedo a mais em cada membro, mas
há casos em que a mutação vem acompanhada de lábio leporino ou de doenças no
coração.
Embora geralmente os dedos a mais funcionem bem, a cirurgia para
extraí-los costuma ser recomendada. O tratamento é oferecido pela rede pública
do DF, mas a mudança não chega nem a ser cogitada pela família.
Refutando a ideia de “defeito”, a aposentada Silvia afirma que a
característica realmente dá muito orgulho aos hexas. Ela diz ainda que recebeu
de um médico uma proposta para passar por mapeamento genético, mas que recusou
por medo de que os filhos ficassem complexados sem necessidade.
"Ter dedos a mais não nos afeta em nada, é uma coisa
maravilhosa. Para nós, é uma diferença que é qualidade. O estranho é quem não
tem. Aqui, quando vai nascer bebê e fazem ultrassonografia, a pergunta não é se
é homem ou mulher. Queremos saber se tem cinco ou seis dedos", brinca.
Filho mais novo de Silvia, João afirma que os dedos a mais o ajudam bastante
como goleiro. O garoto de 15 anos contou com a ajuda da mãe para improvisar as
luvas: eles compraram dois pares, um de boa qualidade e outro mais simples. No
que era melhor, fizeram furos para poder acomodar o membro sobressalente e
depois costuraram um dedo recortado do par de luvas de qualidade inferior.
Nem sempre uma doença genética é herdada dos pais,
o problema no DNA pode ocorrer ao longo da vida
ARTIGO DE ESPECIALISTA - ATUALIZADO EM 20/02/2015
Dr. Ciro Martinhago GENETICISTA -
CRM 102030/SP
ESPECIALISTA MINHA VIDA
JÁ
AJUDOU 1.063 PESSOAS
Há quem pense que doença genética e hereditária é a mesma coisa, mas não
é assim, as diferenças são grandes.
Se existe uma doença genética é por que houve um distúrbio, um dano, um erro no material genético, nos
genes. E isso pode ter sido causado por diversos fatores: radiação, infecção,
má alimentação, estresse entre outros. O câncer é genético, porém, apenas 5 a
10% são herdados. De alguma forma, por alguma razão - que às vezes não sabemos
-, o material genético (DNA) sofreu uma modificação ou danificação e a doença
se instalou.
A doença hereditária,
como o nome já diz, é herdada. Uma herança genética que é transmitida entre
gerações e que vai se manifestar em algum momento da vida. Todos conhecemos
famílias com vários membros com diabetes ou obesidade, com hipertensão ou alergia... A doença faz parte da genética familiar e nesse
caso não é doença genética. É hereditária.
Doença congênita também não necessariamente é hereditária: o acidente
nos genes aconteceu durante o desenvolvimento do embrião ou durante o parto, como a síndrome de Down. Ocorre um erro no cromossomo 21 que não
foi herdado dos pais. O câncer pode ser uma doença genética - muito
sol sem proteção e "aparece" um câncer de pele. Mas também pode ser
uma doença hereditária - o caso Angelina Jolie é um exemplom que herdou os
genes defeituosos da mãe.
Outro exemplo de doença hereditária é a hemofilia - a mãe, que carrega os genes
defeituosos, só passa a doença para os filhos homens, e a doença progride
geração a geração, silenciosamente. A lista de doenças genéticas que podem ou
não ser hereditárias é enorme, são milhares de doenças conhecidas e outras
tantas precisam ser identificadas.
Diagnósticos
modernos e aconselhamento genético
É função do médico geneticista saber diagnosticar e diferenciar o que é
genético do que é hereditário. As formas de diagnósticos das doenças
hereditárias ou congênitas sempre dependerão da prática da boa clínica médica:
da anamnese cuidadosa, dos recursos laboratoriais de praxe e da experiência
clínica.
No entanto, desde o sequenciamento completo do DNA, há dez anos, a
medicina genômica trouxe uma evolução impressionante no campo do diagnóstico de
doenças genéticas (e das hereditárias).
Existem testes que utilizam algumas gotas de sangue ou saliva, ou
qualquer amostra de tecido ou fluido do corpo humano que contenha material
genético (DNA). O mais importante é a precocidade do resultado ? no caso de
Angelina Jolie, o teste realizado nos genes BRAC1 e BRCA2 mostrou que ela teria
mais de 80% de chances de desenvolver o mesmo câncer de mama, ou de ovário, que
matou sua mãe, o que a levou a tomar uma medida preventiva.
A precocidade do resultado pode anteceder o nascimento. Já existem
testes genéticos que podem ser realizados na nona semana de gravidez com uma
amostra de sangue da mãe, de onde são "pinçados" fragmentos de DNA do
feto. Testes específicos para detectar síndrome de Down, de Patau e de Edwards
(as duas últimas bastante severas) fornecem 99,99% de certeza do diagnóstico, o
que dá aos casais tempo e informação para se preparem para o nascimento e
desenvolvimento da criança com necessidades especiais.
Entre outras vantagens dos testes genéticos está o fato de não serem
invasivos - nada de biópsia, de coleta de amostra de tecido, para
"olhar" no microscópio. No caso do diagnóstico de doenças fetais, a
melhor opção que temos era o exame de amniocentese, que precisa coletar uma
amostra do líquido amniótico que envolve o bebê, acarretando no máximo 0,5% de
risco de aborto.
Esses recursos genômicos permitem planejar a gravidez e tomar as medidas
preventivas necessárias para que a doença não se desenvolva - mudando estilo de
vida e hábitos perniciosos e aceleradores do advento da doença geneticamente
diagnosticada.
No entanto, esses recursos precisam ser orientados por um médico
especialista em genética médica que, na consulta de aconselhamento genético,
orientará acerca dos testes disponíveis e adequados para o caso e interpretará
o resultado.
Macaco consegue controlar os
movimentos de outro com o pensamento
Tecnologia
ainda dá primeiros passos, dizem cientistas, mas é avanço importante para que
pessoas paralíticas readquiriram controle de movimento.
Cientistas americanos anunciaram ter conseguido fazer com que um
macaco controle os movimentos do braço de outro com o pensamento.
Leituras do cérebro do primeiro macaco, chamado de mestre, foram usadas como
guia para estimular eletricamente a medula espinhal do segundo macaco, chamado
de avatar. Assim, o mestre pôde comandar os movimentos do avatar.
A equipe de cientistas espera que o método seja aperfeiçoado para
permitir que pessoas paralíticas readquiram o controle de seus corpos. Danos à
medula espinhal podem interromper o fluxo de informações entre o cérebro e o
corpo e impedir uma pessoa de andar ou se alimentar sozinha. Os pesquisadores
buscam contornar esse dano com a ajuda de máquinas.
Publicados na "Nature Communications", os resultados do
estudo foram descritos como "um passo importante" rumo a essa meta.
Na pesquisa, cientistas da Escola de Medicina de Harvard se recusaram a
provocar a paralisia de um macaco por considerar a atitude injustificável. Em
vez disso, usaram dois macacos: um mestre e um avatar, que foi sedado para
simular os efeitos da paralisia.
Um chip foi implantado no cérebro do mestre para monitorar
qualquer atividade cerebral que envolvesse mais de cem neurônios. Durante o
treinamento, os movimentos do mestre foram relacionados a padrões da atividade
elétrica gerada por seus neurônios.
Por sua vez, o avatar teve 36 eletrodos implantados em sua medula espinhal.
Testes foram realizados para verificar como o estímulo provocado por diferentes
combinações de eletrodos afetava seus movimentos.
Só então os macacos foram conectados um ao outro para que as
leituras cerebrais de um gerassem movimentos no outro em tempo real. O avatar
segurava um controle que comandava um cursor em uma tela enquanto o líder
pensava em mover este cursor para cima e para baixo.
Em 98% dos testes, o mestre conseguir controlar os movimentos do braço do
avatar.
"Nossa esperança é obter um movimento totalmente
natural", disse o pesquisador Ziv Williams à BBC. "Acho que
teoricamente é possível, mas para chegar a esse ponto serão necessários
esforços adicionais e exponenciais".
Para Williams, mesmo a menor capacidade de realizar movimentos novamente
mudaria drasticamente a qualidade de vida de pessoas paralíticas.
Realidade ou ficção?
A ideia de um cérebro controlar o corpo de um avatar já foi tema de filmes de Hollywood,
como Avatar (2009). No entanto, o professor Christopher James, da Universidade
de Warwick, descarta um futuro no qual será possível comandar os corpos de
outras pessoas por meio do pensamento.
"O risco de isso acontecer é nulo", disse James.
"Mesmo ligada a outra pessoa dessa forma, quem não tem lesões na medula
espinhal ou no tronco encefálico ainda assim reteria o controle de seus
membros. Então, ninguém será capaz nem tão cedo de fazer alguém se movimentar
contra sua vontade".
Mesmo assim, James afirma, a pesquisa tem grandes implicações,
"especialmente no controle de membros quando há uma lesão ou no controle
de próteses por quem teve um membro amputado".
Ainda há alguns desafios para atingir essa meta. Mover um cursor
para cima e para baixo não se equipara, por exemplo, à complexidade de um
movimento como o de levar um copo até à boca.
Além disso, os músculos tendem a ficar mais rígidos após uma paralisia e a
pressão sanguínea varia bastante, o que torna a retomada do controle do corpo
mais difícil.
"Este trabalho é um passo à frente importante porque mostra
que existe a chance de usar ligações entre máquinas e o cérebro para
restabelecer a capacidade de uma pessoa paralítica de realizar
movimentos", diz o professor Bernard Conway, chefe de engenharia biomédica
da Universidade de Strathclyde (Reino Unido).
"No entanto, ainda será necessário muito trabalho antes que a
tecnologia possa ser usada por quem precisa dela."
(http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2014/02/macaco-consegue-controlar-os-movimentos-de-outro-com-o-pensamento.html)
Médicos trocam crânio de mulher por prótese de
plástico impressa em 3D
Paciente tinha doença rara que fazia crânio ficar com 5 cm de espessura.
Cirurgia foi feita no Centro Médico Universitário de Utrecht, na Holanda.
Cirurgia foi feita no Centro Médico Universitário de Utrecht, na Holanda.
Um hospital holandês
obteve com sucesso a primeira cirurgia de troca da parte superior do crânio de
uma paciente por uma prótese plástica criada em impressão 3D.
A mulher de 22 anos
sofria de uma doença rara que engrossava o crânio de forma anormal. No caso
dela, o crânio tinha 5 centímetros de espessura, quando o normal seria 1,5
centímetro.
A cirurgia foi
realizada no Centro Médico Universitário de Utrecht, na Holanda, e durou 23
horas. Próteses criadas em impressoras 3D já haviam sido usadas para substituir
pares do crânio, mas esta é a primeira vez que quase toda a caixa craniana é
substituída em um paciente.
O procedimento gera
resultados melhores porque o uso de peças com essa tecnologia instantânea
permite fazer uma reconstrução mais precisa.
"Usando a
impressão 3D, podemos fazer um para o tamanho exato”, explico o médico Bon
Verweij, que comandou a cirurgia, em entrevista ao jornal Dutch News. “Isto não
só tem grandes vantagens estéticas, mas a função do cérebro dos pacientes
muitas vezes se recupera melhor."
A cirurgia foi
realizada há três meses, mas o hospital anunciou o procedimento nesta
sexta-feira (26) depois de se certificar que a mulher se recuperou
completamente. "Ela já voltou ao trabalho e é impossível perceber que ela
foi operada", afirmou.
Prótese utilizada |
(http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2014/03/medicos-trocam-cranio-de-mulher-por-protese-de-plastico-impressa-em-3d.html)
Mosquitos transgênicos são
criados para combater a malária
Cientistas produzem insetos alterados para produzir principalmente machos — a ideia é que isso leve ao desaparecimento da espécie.
Biólogos anunciaram nesta terça-feira, dia 11 de junho de 2014, ter
desenvolvido uma nova arma contra a malária. Eles criaram mosquitos
geneticamente manipulados para produzir principalmente descendentes machos —
levando, eventualmente, ao desaparecimento da população inteira de insetos.
A técnica produz uma geração de mosquitos transgênicos em que 95%
são do sexo masculino, enquanto nas populações normais o percentual é de 50%.
Os resultados foram descritos em artigo na revista Nature Communications. Logo,
restam tão poucas fêmeas que a população de mosquitos desaba, reduzindo o risco
de que os humanos entrem em contato com o parasita da malária (transmitido
pelas fêmeas).
"A malária é uma doença debilitante, com frequência fatal, e
nós precisamos encontrar novas formas de combatê-la", afirma o chefe do
estudo, Andrea Crisanti, professor do Imperial College de Londres.
"Achamos que nossa abordagem inovadora representa um enorme avanço. Pela
primeira vez, fomos capazes de inibir a produção de descendentes fêmeas em
laboratório e isso nos dá novas formas de eliminar a doença."
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a malária mata mais
de 600 mil pessoas por ano, sendo as principais vítimas crianças pequenas da
África subsaariana. Resultado de seis anos de trabalho, o método se concentra
nos mosquitos "Anopheles
gambiae", os transmissores mais perigosos do parasita da
malária.
Os cientistas injetaram uma parte de enzima de DNA no código
genético dos embriões de mosquitos machos. Basicamente, a modificação parte em
pedaços o cromossomo X durante a produção de espermatozoides na idade adulta.
Como resultado, quase nenhum espermatozoide funcional contém o
cromossomo X, que determina descendentes fêmeas. Ao contrário, a maior parte
dos espermatozoides carrega o cromossomo Y, que produz machos. Os mosquitos
modificados foram testados em cinco jaulas, cada uma contendo 50 machos
geneticamente modificados e 50 fêmeas silvestres normais.
"Estou muito esperançoso de que essa nova abordagem possa,
enfim, levar a uma forma barata e eficaz de eliminar a malária", diz o
Roberto Galizi, pesquisador.
Em quatro das cinco jaulas, toda a população desapareceu em seis
gerações devido à falta cada vez maior de fêmeas. Os mosquitos machos
modificados produziram apenas herdeiros machos modificados, que tiveram o mesmo
tipo de descendentes até que não sobraram mais fêmeas.
"A pesquisa ainda está no começo, mas estou muito esperançoso
de que essa nova abordagem possa, enfim, levar a uma forma barata e eficaz de
eliminar a malária de regiões inteiras", declarou um colega de Crisanti,
Roberto Galizi. Em um comentário independente, o especialista Michael Bonsall,
da Universidade de Oxford, referiu-se à pesquisa como um "trabalho muito
legal".
"Isso tem implicações importantes para limitar a disseminação
da malária", declarou à Science Media Centre britânica. "Será muito
empolgante ver o avanço desta tecnologia." Os cientistas já estão fazendo
experimentos na natureza com mosquitos "Aedes
aegypti", que transmitem a dengue, e que foram modificados
para gerar descendentes que não chegam à idade adulta.
Eles sobrevivem durante apenas uma semana, enquanto mosquitos
normais vivem um mês. O Brasil e a Malásia já soltaram nuvens desses insetos, e
em janeiro o Panamá anunciou que também fará o mesmo.
No entanto, estes programas despertam a preocupação de ambientalistas,
que chamam atenção para o impacto desconhecido de animais geneticamente
modificados no equilíbrio da biodiversidade. Eles argumentam que se uma espécie
de mosquito for eliminada de uma região, abriria a oportunidade para uma
espécie concorrente — e potencialmente perigosa — vir à tona.
Inseto alterado |
Nossos telefones
celulares e tablets têm transformado a maneira como lidamos com nossos corpos –
e não para melhor.
Olhar para o seu dispositivo é como ter um peso de 27 quilos em
seu pescoço, de acordo com o Dr. Kenneth K. Hansraj, chefe de cirurgia da
coluna no New York Spine Surgery & Rehabilitation Medicine (Centro de
Cirurgia na Coluna e Reabilitação Médica de Nova York, em tradução livre). Isso
é como segurar uma criança de oito anos no pescoço enquanto você está de pé
lendo suas mensagens.
Hansraj desenvolveu o modelo de computador acima. Como é de se
esperar, mover a cabeça para a frente e ter a mesma quantidade de força em seu
pescoço e coluna vertebral não é bom para a saúde. A má notícia é que o
ser-humano médio gasta de 2 a 4 horas por dia nesta posição.
Uma vez que as nossas cabeças são bastante pesadas – com peso de
até 5,5 kg, ou – quando estamos frequentemente olhando para baixo por longos
períodos, estamos aumentando a atração gravitacional sobre elas. E, como se vê,
essa força é muito grande.
O estudo observa que ter uma boa postura é ter seus ouvidos
alinhados com os ombros e as omoplatas para trás. Isto reduz o stress do corpo
e diminui o cortisol. Má postura, por outro lado, acentua a coluna vertebral e
pode levar a um desgaste precoce, e talvez à uma intervenção cirúrgica.
Algumas soluções para corrigir a postura: segure o celular
diretamente na sua frente, em vez de dobrar a cabeça para baixo; coloque o seu
tablet em um ângulo de 30 graus ao digitar ou tocar (o ângulo protege seus
pulsos) ou mais perpendicularmente se for apenas leitura; e estique o pescoço
para trás para corrigir a postura.
O que é onicofagia?
A onicofagia é o singular de hábito de roer unhas, é um dos hábitos
mais comuns em que vemos em, crianças, jovens e adultos.
O hábito e a necessidade de roer ou até mesmo de comer as unhas, está ligado
a um estado de psico-emocional de ansiedade ou seja, considerado como reflexo
de desajustes emocionais.
A incidência diminui após os 16 anos de idade.
Portanto, considerado normal entre as idades de 4 a 18 anos, devido a sua
alta prevalência nesta faixa etária.
A causa do hábito ainda não se sabe. Porém, pessoas que
roem unhas têm mais ansiedade do que aqueles que não têm a onicofagia,
nenhuma diferença significativa em relacionar a onicofagia à ansiedade.
Outros citam a tendência familiar devido, provavelmente, ao ato de imitação.
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As conseqüências
O hábito de roer unhas pode provocar sérios problemas. Roer as unhas produz
ferimentos que servem de porta de entrada para vírus como o HPV, causador de
verrugas na pele.
Quem engole pedaços de unhas pode ter pequenas lesões no estômago ou no
intestino. Um outro fator é, as mãos podem estar sujas e a pessoa acaba
ingerindo germes.
Tratamento
De modo geral, a onicofagia não é um caso de se preocupar e, se não estimulado,
com o tempo desaparece. Embora, se estiver associado a outros problemas, o
quadro é mais complexo e precisará de ajuda especializada.
Veja alguns exemplos
que ajudará a controlar a onicofagia:
- Manter
as unhas bem cortadas, evitando que as pontas mal aparadas sirvam de
tentação para os roedores.
- Mordedor
de borrachas (Principalmente quando está assistindo filme, jogos, novelas,
ect.)
- Chicletes
sem açúcar
- Ocupar
as mãos do indivíduo com atividades (trabalhos manuais ou instrumentos).
- Sabe
qual é o significado da palavra Onicofagia? Calma, é apenas o nome dado há
quem tem o hábito diário de roer unhas. Que por mais simples que pareça
podem trazer tanto problemas estéticos, como outros problemas á saúde.
- Geralmente
a causa pela Onicofagia é por causa de estresse, ansiedade, ou até mesmo
por uma mania. Mas que precisa parar de acontecer. No começo você nem
percebe, mas vai criando um hábito que pode afetar seu organismo, dentes
entre outras coisas.
- A
melhor coisa a fazer é procurar um médico, pois há vários tipos de
tratamentos, seja a base de medicamentos ou então de terapias. E em um
pouco tempo começa a desaparecer. Lembre-se que esse é um problema
freqüente independentemente da idade, mas tenha precaução.
Ratos também sonham
Cientistas descobrem que eles sonham sobre lugares que querem visitar e sobre,
claro, comida
De acordo com uma pesquisa da University College London, quando
não conseguem acessar seu alimento, ratos sonham com ele assim que pregam os
olhos. "É como ficar olhando para fotos da Grécia um dia antes de tirar
férias - naquela noite, você pode sonhar com as imagens", afirma um dos
autores do estudo, Hugo Spiers.
Para chegar a essa conclusão, pesquisadores colocaram quatro ratos
no fundo de uma gaiola em forma de T - lá, os bichinhos conseguiam ver comida,
mas não conseguiam chegar até ela. Depois, eles foram encorajados a dormir
enquanto sua atividade cerebral era gravada por 50 eletrodos.
Quando eles foram colocados de volta na gaiola, eles correram
diretamente para o braço do "T" que estava bloqueado anteriormente, o
que, combinado com os dados dos eletrodos, sugere que eles planejavam uma
estratégia enquanto dormiam.
E um adendo estranho - cientistas já conseguiram alterar os sonhos
de ratos (lembra de "Inception - a Origem?"). Para isso, eles
estimularam uma parte do cérebro de ratos para que eles procurassem uma certa
parte do labirinto quando estavam acordados, mesmo que o trecho não oferecesse
nenhum atrativo. Medo.
Somos mais 'parecidos' com nossos
pais do que com nossas mães, diz estudo
Uma nova pesquisa sugere que os mamíferos podem ser mais
geneticamente parecidos com seus pais do que com suas mães, apesar de herdarmos
quantidades iguais de mutações genéticas de cada um dos pais.
Pesquisadores da UNC
usaram camundongos criados específicamente para ter maior diversidade genética
O estudo da Universidade da Carolina do Norte (UNC), nos Estados
Unidos, descobriu que a influência de genes mutantes vindos do pai é maior do
que a dos genes mutantes da mãe.
Mutações genéticas passadas dos pais para os filhos aparecem,
tipicamente, em doenças consideradas complexas, que envolvem milhares de genes.
O processo pelo qual a informação contida nos genes se manifesta
fisicamente é chamado de expressão genética.
Cientistas acreditam que a descoberta pode abrir novos caminhos para o
tratamento de doenças comuns porém complexas - como vários tipos de câncer,
diabetes, doenças cardíacas, esquizofrenia e obesidade.
A pesquisa foi publicada na revista especializada Nature Genetics.
Mutações reguladoras
As mutações que alteram a expressão genética - chamadas de mutações reguladoras
- afetam a saúde humana vêm da mãe e do pai.
Mas, afirma o pesquisador Fernando Pardo-Manuel de Villena, da
UNC, "agora sabemos que mamíferos expressam mais variação genética do pai.
Então, imagine que um certo tipo de mutação é ruim. Se for herdada da mãe, o
gene não se expressaria tanto como se expressaria se fosse herdado do
pai".
Segundo estudo, o material genético herdado do pai tem mais impacto.
Villena afirma que a mesma "mutação ruim teria consequências
diferentes em doenças se fossem herdadas da mãe ou do pai".
A pesquisa realizada pela equipe da UNC pesquisou uma população de
camundongos de laboratórios de ascendência silvestre, criados para apresentar
uma maior variedade genética - de forma a serem comparáveis à diversidade
humana - do que os típicos camundongos de laboratório.
Dessa forma, os cientistas afirmam que os resultados serão mais
úteis para estudos de doenças humanas, já que pesquisas anteriores desconheciam
a origem de expressões genéticas específicas - sem saber se elas vinham dos
pais ou das mães.
A pesquisa americana examinou três variedades diferentes de
camundongos que passaram por cruzamentos consanguíneos, descendentes de uma
subespécie que evoluiu em continentes diferentes.
Estes camundongos passaram por cruzamentos para criar nove tipos
diferentes de crias híbridas, na qual cada variedade foi usada como pai e mãe.
Quando os camundongos chegaram à idade adulta, os pesquisadores
mediram a expressão genética em quatro tipos diferentes de tecidos.
Em seguida, eles mediram o quanto desta expressão genética era
derivada da mãe e do pai em cada um dos genes.
O que provoca o albinismo?
A palavra albinismo deriva do latimalbus(branco) e se refere à incapacidade
de um indivíduo ou animal de fabricar um pigmento denominado melanina (do grego melan, negro), que dá
cor à pele e protege da radiação ultravioleta tanto do Sol como de qualquer
dispositivo artificial, como as câmaras de bronzeamento artificial.
Diferentes
alterações dos genes podem causar albinismo. Por exemplo, a falta de alguma das
enzimas sintetizadoras da melanina ou a incapacidade da enzima para entrar nas
células responsáveis pela pigmentação e transformar o aminoácido tirosina, a
base para construir o pigmento, em melanina.
Isto é, no caso do
albinismo, o indivíduo ou animal possui melanócitos, onde se gera a melanina, mas
uma disfunção não permite que estas células fabriquem o pigmento.
O albinismo é uma
disfunção universal que pode afetar tanto o homem como a mulher e também afeta
os animais. É muito freqüente em ratos, coelhos, cavalos, porcos, peixes,
tubarões e tigres.
As pessoas ou
animais com albinismo têm muito pouca ou nenhuma pigmentação em em seus olhos,
pele ou cabelo. Os cabelos, as sobrancelhas e as pestanas são totalmente
brancas ou de um amarelo muito pálido, a tez é extremamente clara e os olhos
podem chegar a ser rosados. A despigmentação com que nascem não se modifica com
a idade.
Os albinos têm
dificuldade de enxergar em lugares muito claros e podem sofrer queimaduras por
radiação solar muito facilmente, sendo muito provável que desenvolvam câncer de
pele caso não se protejam adequadamente.
O albinismo pode se
apresentar de forma total ou parcial, afetando respectivamente todo o corpo ou
só determinadas zonas. A forma mais comum, no entanto, é a total.
Hereditariedade
O albinismo é hereditário e está condicionado a um gene pouco comum que
gera certas características físicas e que tem caráter recessivo, não aparece em
todas as gerações. Estima-se que uma em cada 17.000 pessoas são albinas.
Quando um dos pais
possui o gene recessivo do albinismo, existe a probabilidade de transmissão de
25% em cada gravidez. De cada quatro filhos, um pode apresentar a doença. No
entanto, no caso do nascimento de filho saudável, há 50% de possibilidade de
ele ser portador do gene e gerar filhos com albinismo.
A terapia genética
abre uma possibilidade para os portadores do albinismo. No futuro, estes
pacientes poderão receber os genes que faltam a suas células
"pigmentadoras", a fim de que adquiram a capacidade de sintetizar a
melanina.
Vitiligo
É bom lembrar que existem variadas doenças que se caracterizam por
alterações na pigmentação da pele, diminuições congênitas ou adquiridas na
produção de melanina. Um exemplo é vitiligo. Ainda que o albinismo possua
algumas características similares com o vitiligo, as disfunções não estão
relacionadas.
O vitiligo é uma
doença da pele que se adquire e se desenvolve progressivamente, enquanto o
albinismo se apresenta desde o nascimento e não aumenta nem diminui com a
idade. No albinismo, não existe melanina porque os melanócitos não podem
sintetizá-la. No vitiligo, não existe melanina porque os melanócitos foram
destruídos.
Copito de Nieve, o único gorila albino do mundo, morreu. |
TEXTOS RETIRADOS DO SITE SÓ BIOLOGIA
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