CIENTISTAS USAM MAÇÃS PARA CRIAR ORELHAS HUMANAS
Cientistas usam maçãs para criar orelhas
01 de Março de 2017
Cientistas canadenses parecem ter encontrado uma outra finalidade para as maçãs além de comer: reconstruir o corpo humano. Pode parecer bizarro, mas a ideia é desenvolver métodos mais baratos para a chamada medicina regenerativa, que consiste em substituir ou regenerar células, tecidos ou órgãos humanos.
O cientista Andrew Pelling da Universidade de Otawa conseguiu, junto à sua equipe, recriar orelhas utilizando maçãs. Mas como isso pode ser possível?
Inicialmente, eles retiraram as células e o DNA da maçã, deixando apenas a sua estrutura de celulose – carboidrato responsável pela rigidez das plantas – e verificaram que este “esqueleto” de celulose se mostrou eficaz para o implante de células humanas.
Em seguida, a esposa de Pelling, que ganha a vida fazendo esculturas de madeira, esculpiu maçãs em formato de orelha. A equipe de cientistas então implantou as células humanas nos esqueletos de celulose e as orelhas foram transplantadas em uma cobaia, onde a equipe pode observar a formação de vasos sanguíneos.
A esposa de Pelling esculpiu maçãs em forma de orelha que foram implantadas com células humanas. Foto: Andrew Pelling.
Eles estão testando o mesmo procedimento com aspargos, pétalas de flores, legumes, verduras, além de outros frutos. Eles acreditam que pétalas, por serem finas e planas, poderiam ser eficientes para produzir pele, podendo ajudar vítimas de queimaduras e lesões graves. Já os aspargos, devido ao seu formato, poderiam ser úteis para estimular o crescimento de vasos sanguíneos e nervos, por exemplo.
Pelling espera desenvolver materiais mais baratos que os tradicionais e que possam ser adaptados e aperfeiçoados por outros cientistas. Se o método continuar apresentando resultados positivos, este pode marcar o início de uma nova era para a medicina regenerativa. Enquanto os produtos disponíveis atualmente – derivados de animais ou cadáveres humanos – podem custar entre 30 e 1,5 mil dólares por centímetro quadrado, a estrutura feita de maçã custa apenas centavos.
Fonte: TED Talks.
Este assunto pode aparecer no ENEM e demais vestibulares. Veja abaixo uma questão que caiu na prova da UERJ este ano.
Os diferentes tipos de transplantes representam um grande avanço da medicina. Entretanto, a compatibilidade entre doador e receptor nem sempre ocorre, resultando em rejeição do órgão transplantado.
O componente da membrana plasmática envolvido no processo de rejeição é:
a) colesterol
b) fosfolipídeo
c) citoesqueleto
d) glicoproteína
Resposta: alternativa d. Os componentes do glicocálix (ou glicocálice), presentes na face externa da membrana plasmática das células animais, que permitem o reconhecimento intercelular são os glicolipídios e glicoproteínas.
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