TEXTO: ESPIONANDO: NO MUNDO DOS FUNGOS
Publicada em: 07/01/2003 às 15:55
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Espionando: No mundo dos fungos
Mario Gatti
Penicillium sp.
>Pois é, o nome fungo é empregado para designar organismos vivos eucariotas, ou seja, providos de membrana no núcleo da célula, que formam propágulos (esporos), não possuem clorofila e não produzem seu próprio alimento. Os fungos vivem em diversos ambientes e substratos de origem animal e vegetal, na forma de sapróbios, excretando enzimas digestivas poderosas e absorvendo matéria orgânica morta, desempenhando assim papel fundamental no ciclo da vida. Podem crescer pela formação de filamentos chamados hifas, denominados fungos filamentosos, ou ainda por lêvedos no caso das leveduras, que são fungos unicelulares. Ah! A importância desses seres vivos pertencentes ao Reino Fungi não para por aqui. Destacam-se também pelo grande impacto que causam na economia de todo o mundo, a partir de suas associações com a agricultura, indústria e medicina.
Saccharomyces cerevisiae
>Entretanto, os fungos podem assumir o papel de grandes vilãos quando causam doenças, as micoses, ao parasitar o homem, animais e também sérios prejuízos na agricultura. Há fungos microscópicos e outros bem maiores como os grandes cogumelos, aqueles dos desenhos animados, parecidos com guarda-chuvas. O fungo Armillaria bulbosa chega a medir quilômetros de comprimento e metros de diâmetro. Considerado possivelmente o maior ser vivo, ele vive no subsolo e é produto da fusão sexual de incontáveis filamentos, os micélios.
Aspergillus
>Hoje, é reconhecida a importância de se limpar adequadamente os filtros de ar condicionados de residências, hospitais, shoppings entre outros, devido ao acúmulo de esporos de fungos que habitam o ar e provocam as alergias ou até fungemias (presença de fungos na corrente sanguínea) em pacientes internados. Agora que já sabemos um pouco sobre o mundo dos fungos, que tal fazermos uma experiência? Pegue um tomate inteiro, uma laranja, um pedaço de pão. Em seguida, coloque-os separadamente em vidros de maionese ou recipiente parecido. Colocar um chumaço de algodão molhado com água dentro de cada pote. Observar com uma lupa a partir do terceiro dia, durante uma semana. Você poderá ver os fungos crescendo de formas e cores diferentes. Cuidado, ao terminar a experiência, não esqueça de colocar água sanitária no pote cobrindo o alimento usado, antes de jogar o vidro fora. Atenção, o vidro não deve ser reutilizado. Mario Gatti é biólogo e micologista (especialista em fungos) do Laboratório de Avaliação e Promoção em Saúde Ambiental, do Departamento de Biologia do Instituto Oswaldo Cruz/Fiocruz Fonte de imagem: Colégio São Francisco, |
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